WHAT IF?


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E se os sábios fossem realmente os loucos?
Como ficariam todas as descobertas;
Entendendo-se que todas as portas abertas
Cairiam no preconceito dos mambucos?

E se os ditos ou citados como eruditos
Fossem apenas o reflexo do popular?
Cantando e compondo o que o povo soluçar;
Reinventando-se do agora e não dos antigos manuscritos.

E se os nossos credos não tivessem divindade?
O que aconteceria com toda a humanidade,
Sabendo que tudo era uma grande farsa
E que muitos morreram em nome dessa equivoca esparsa?

E se não existisse nenhum foco de corrupção?
O que aconteceria se fôssemos focados na solução;
Compreendendo que só assim se constrói uma nação,
Entendendo que a base de tudo é a educação?

E se ao invés de agredir ou virar o rosto
O preconceituoso, assistisse o amor
Que faz fluir a vida e o afago no calor
Nascido no coração que está ali exposto?

E se algumas lágrimas desnecessárias,
Transformassem-se em sorrisos necessários,
Temperando todo esse destempero
E acalmando o coração com esmero?

E se a paz brotasse mais nos campos de guerra,
Fazendo ali nascer, linda, singela e bela;
Uma meseta com a mais límpida afeição da terra
Mostrando que é possível viver sem anela?


E se ao invés de lendo esse texto agora
Você estivesse apreciando o campo;
Repousando seu corpo sobre esse escampo
E em recordação revivendo sua aurora?

E se no lugar do ódio, oferecêssemos paixão?
E se finalmente trocarmos as balas por rosas?
E se então sublinharmos na vida a tal compaixão?
E se? - What if? -  Y si? - Et si? - Und wenn?

Julio Souza.

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